25 de set. de 2011

pra quem quiser saber.

nunca tive quem me defendesse. nunca precisei. mas eu senti o conforto disso, senti o merecimento nisso. e vi, também, o que eu estava tentando esquecer, pelo bem de algo 'maior'. criei uma casca bem grossa, pra poder me manter durante tudo isso que aconteceu, durante tudo isso que eu escolhi (primeiro, pro meu bem, depois, pra poupar o que eu achei que tinha) e que quase me derrubou de vez. e me segurei em pé, bem firme. agora eu vejo que, além de não ter feito nada sozinha (obviamente), eu mereci o que eu aprendi e o que eu tenho e sou. e andei me desrespeitando. achei que, depois de tudo que eu passei, não faria mais isso. não teria mais essa capacidade. mas, olha, sou muito boa. e maleável. e não quero rotular. mas sempre, desde pequena, sonhei coisas, e dessas coisas ninguém sabe. e dessas coisas, tão pequenas e importantes, não posso abrir mão. não posso abrir mão de mim. e, se existe na cabeça de alguém a ideia de que essas coisas da minha cabeça não são importantes ou possíveis, então, eu lhes dispenso. dispenso-lhes do trabalho que é estar comigo e me viver, como quem vive um amigo. dispenso-lhes de saber o que se passa nessa cabeça. e isso tem que ser bom. não há necessidade de falta de claridade. sempre dei espaço pra diversidade de pensamentos. e ainda insistem em não me conhecer. sou tanta coisa. tanta coisa boa. é ridículo que eu tenha que me lembrar. mas até então... todos temos momentos assim.