19 de dez. de 2010

quanto ao nó e ao tempo.

entendo que o tempo passa sozinho. que a gente pode acelerar ou desacelerar, mas que tem hora que ele tem que correr sozinho, que a gente tem que contemplar. mas isso não faz com que afrouxe o nó. esse nó tenso que aperta mas não dói, e se dói, nem mata. sabe aquela garoa fina? aquela que não encharca, mas gela com a constância que cai. essa mesma. acho que não há o que fazer, mesmo. melhor. pra facilitar pro tempo andar, não devagar, mas manso. e eu vou levar assim que dá menos medo. ultimamente tenho tido tanto medo... de tanta coisa que acho que nem tem sentido. então agora eu treino minha calma pra passar o tempo. ensaio a disciplina que nunca tive, pra me distrair. e acho que consigo gostar disso, estou vendo que gosto, mesmo. a mudança tem sido lenta, e isso só tem me atrapalhado. então me mudo daquela concha grossa e gasta num tranco, enquanto o tempo anda manso. as coisas que andavam entaladas e eu não pude expulsar, agora escorregam com muita água e pouco esforço. não há o que eu possa fazer agora, a não ser por mim, e isso só pode ser bom. quanto ao nó? vai bem, obrigada. e não incomoda em nada.

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