18 de jan. de 2012

obrigada.

eu poderia só não lembrar. poderia só pensar nas coisas ruins. poderia, também, fazer de conta que nada existiu e que as coisas que houveram foram só coisas imaginadas e que serão lembradas como sonho. mas, não. vou lembrar de cada coisinha. macerar cada detalhe, bem amassadinho. e, a cada dorzinha ardida, eu verei tudo dilatado, verei a coisa toda em larga escala, cada poro exposto e cada punhado esmiuçado. isso está doendo uma dor densa, e eu não gosto de dor densa. enfrento e aguento, mas não gosto de dor densa. se eu deixei pra trás, não vou voltar e pegar o peso de volta. se algo, se denominando 'amor', me obriga a isso... então, minhas costas e coluna merecem descanso. - seu peso, 'amor', não é meu.  e, obrigada, eu precisava mesmo de uma caminhada.

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